sábado, 6 de dezembro de 2008

Poesias da Solidão
« em: 23/Nov/08 17:59 »

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Ninguém

Estou muito só, aborrecido, muito sozinho!
O tempo não passa, parece uma eternidade.
Ninguém aparece, eu fico no meu cantinho,
recolhido, tão saudoso, sinto muita saudade.

As lembranças surgem, não vejo ninguém
que possa ficar comigo, na alma um vazio...
me pergunto: "e como será para alguém?"
dentro de mim, eu sinto aquele calafrio.

Não vejo ninguém, uma presença sequer,
que me console, que venha trazer alegria...
alguém se lembra de mim, minha mulher?
Então, dentro do peito, a triste nostalgia.

Há o conforto que vem de longe, eu sei...
um Mestre que suavemente me fala:
"não se desespere, é o que sempre te falei.
Você não está sozinho, eis-me aqui na sala!"

Meu espírito se aquieta, o coração sossega,
a inquietação termina, a mente fica calma;
Meu Mestre vai embora, minha dor carrega,
enquanto sinto a doce paz em minha alma.
22.11.2008 - Jairo de Lima Alves

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